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Você adora Bordeaux. Sua irmã é fascinada pela Borgonha. Seu melhor amigo sempre traz um Malbec delicioso da Argentina e no seu aniversário de casamento você finalmente abriu aquela garrafa de Champagne. Sabe o que está faltando? Descobrir Jerez.

Todos os anos, durante uma semana, gente no mundo inteiro organiza eventos em torno desses vinhos – que são mal compreendidos por muitos e desconhecidos para quase todos. A Semana Internacional do Jerez, que acontece este ano entre 4 e 10 de Novembro, é uma excelente oportunidade para falar no assunto – e, para você que não conhece, para descobri-lo.

Não à toa são vinhos mal compreendidos: há muitos estilos diferentes e suas técnicas de produção são tão peculiares, que mesmo nós profissionais nos confundimos. Então vamos aproveitar e simplificar as coisas para que você possa escolher um estilo para experimentar. Basicamente os vinhos de Jerez são:

  1. fortificados (recebem adição de álcool de uva),
  2. produzidos com uvas brancas, principalmente a “Palomino Fino” e
  3. em geral envelhecidos em barris, misturando gradualmente muitas safras diferentes.

Para entender as diferenças entre os estilos, vamos agrupar os principais de forma simples:

Finos e ManzanillasDSC 6725
São brancos vibrantes, de aromas e sabor muito marcantes, voltados para o frescor. Seus sabores são muito diferentes dos vinhos que a maioria das pessoas conhece, então muitas vezes a surpresa tem efeito negativo. Eles são para os vinhos o que é o Dry Martini para os coquetéis – quase salgados, com sabores muito particulares, aquela sensação de impacto na boca que se encaixa perfeitamente numa porção de azeitonas ou canapés e em pratos de peixe e frutos do mar.

Olorosos e Palo Cortados
Estes nos lembram um pouco vinhos como os Porto Tawny ou alguns Madeira, com uma diferença importante: não têm açúcar! Isso os deixa mais versáteis e fáceis de se beber no dia-a-dia e, especialmente, com comida. Os Olorosos são intensos e volumosos, perfeitos para acompanhar carnes e pratos mais estruturados enquanto os Palo Cortados são seus primos mais finos (e raros).

Amontillados
Talvez os mais versáteis vinhos de Jerez. Estão no meio do caminho entre os Finos e os Olorosos – de fato, começaram sua vida como Finos e, aos poucos, foram sendo modificados pelo envelhecimento e ganharam características de Olorosos. Têm a maciez e os sabores caramelados desses últimos, com o toque salino e o nervo dos primeiros. São deliciosos com salames e presuntos e perfeitos para receitas elaboradas à base de arroz.

Pedro Ximenez
O principal dos vinhos doces de Jerez é o Pedro Ximenez – o nome da uva e do estilo. As uvas são desidratadas ao sol e acumulam imensas quantidades de açúcar, tornando os PX, seu apelido carinhoso, alguns dos vinhos mais doces do mundo. Eles podem atingir 450 gramas por litro (g/L) de açúcar! Para efeito de comparação, a maioria dos vinhos do Porto, velhos conhecidos dos brasileiros, têm cerca de 100 g/L.

Para saber mais sobre a semana do Jerez, visite www.sherry.wine/sherryweek ou www.zahil.com.br.

 

Texto por Bernardo Pinto DipWSET
Diretor Técnico da Importadora Zahil e Formador Oficial de Jerez.

 

VINHOS:

La Guita Manzanilla

Marqués del Real Tesoro

Valdespino Inocente Fino

Valdespino El Candado Pedro Ximenez

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